terça-feira, 11 de agosto de 2015

DIA DOS PAIS

Estimados pais, o segundo domingo de agosto é dedicado a vocês. Aceitem esta festa porque é um gesto de gratidão, admiração e oração por vocês. Se esta festa não existisse precisaríamos criá-la, tal é a necessidade que as pessoas e a sociedade têm da pessoa do pai. Como é necessário o colo, o abraço, a presença, o tempo, a fé, e a orientação paterna. (A grande doença da sociedade hoje é a falta do PAI)

É comovente a gente ver o pai ao lado da esposa e perto dos filhos. O pai livra o filho da dependência da mãe, indica rumo e direção na vida, é esteio e ponto de referência na família. Sem você pai, crescemos inseguros, tímidos, indecisos. Não vale a pena um pai ter sucesso financeiro e fracasso familiar. O maior tesouro e o capital mais precioso é a família. Pais, vocês são lideres, condutores, provedores, mestres, protetores da família. 

No passado tivemos pais proibitivos, hoje temos pais permissivos, mas precisamos de pais participativos que sejam a fascinação de seus filhos, o pai herói. Sabemos que vocês pais não são perfeitos. O que importa mesmo é o seu jeito de ser pai ao ponto dos filhos poderem dizer: “Eu quero ser como meu pai”. (Maior elogio que um pai pode receber)

Pai, como faz bem sua presença em casa e como prejudica a sua superproteção com dinheiro, presentes, liberdades sem limites aos filhos. O amor é exigente.

Não troquem o lar pelo bar, pelo campo de futebol, pela empresa, pela internet ou pela televisão. A atual geração está crescendo com sensação de abandono, de orfandade, de ausência, de distância do pai. Hoje, nós pedimos a vocês, aceitem ajuda, procurem as soluções, desejem ser melhores. Nós sabemos que seus erros são “erros de amor”. Não duvidamos de sua vontade e reta intenção. Estamos conscientes que gerar um filho é fácil, difícil é ser pai.

Ninguém nasce sabendo ser pai, nem mesmo é fácil assumir esta missão. Trata-se de uma arte, uma sabedoria, uma tarefa marcada por sacrifícios e alegrias. Nós queremos dizer-lhes que os amamos e queremos ajudá-los a serem bons pais.

Está mudando o jeito de ser pai. Antes os filhos faziam tudo para agradar seus pais, hoje os pais fazem tudo para agradar seus filhos, fazendo todas as vontades dos filhos. Criou-se também, o mito do “pai perfeito”, e assim muito pais desanimam se estressam e se omitem.

A verdade é que:

- pai ausente, filho carente.

- Pai permissivo, filho prepotente.

- Pai irreligioso, filho incrédulo.

- Pai profissional, filho consumista e folgado.

- Pai fraco, filho desnorteado, às vezes efeminado.

Queremos abraçar afetuosamente neste dia o pai migrante, o padrasto, o desempregado, o doente, o preso, o viúvo, o separado. Tanto o pai que alcançou a terceira idade, como o pai ainda adolescente, necessitam de nosso apoio e compreensão. 

Lembremos, porém, os conselhos bíblicos ensinam: “Aquele que respeita o pai obtém o perdão dos pecados, aquele que honra o pai, viverá muito tempo. Filho cuida de teu pai na velhice. O amor para com o pai, nunca será esquecido” (Eclo. 3).

Cada pessoa leva dentro de si o pai que a gerou ou adotou. A reconciliação com o pai através do perdão tem o poder de curar carências, ressentimentos e rejeições que sofremos. Um grande presente a ser dado a nossos pais é o perdão. É um presente de preço inestimável. Quem não resolve seus problemas com o pai, vai repeti-los vida afora de diversas maneiras. 

Quando eu era criança e pegava uma bergamota para descascar, corria para meu pai e pedia: - "pai, começa o começo!". O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil. Depois, sorridente, ele acabava descascando tudo. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo que ele havia feito.

Hoje em dia, quando a vida parece muito grossa e difícil, graças ao meu papai lembro-me de pedir a Deus: "Pai, começa o começo!"

O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu. Meu pai na terra me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.



A você papai parabéns, benção e gratidão.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

ASSEMBLÉIA PAROQUIA 2015

Nas noites de 28 e 29 de outubro estaremos realizando a assembléia paroquia 2015, para uma boa preparação precisamos da participação de todos. Responda as perguntas e entregue em nossa secretaria até o fim de setembro:

1 - O que mais gosto na Paróquia?

2 - O que precisa ser mudado na Paróquia?

3 - O que sinto falta na Paróquia?

4 - Na sua opinião qual é a atividade mais importante realizada pela paróquia?

Como você encara a sua vida?

Minha vida é cheia de problemas? 

Doença, problema financeiro, contas para pagar, traição, ingratidão, angustia, muito trabalho, problemas, problemas, problemas para onde eu olho só vejo problemas. 

Minha vida é cheia de desafios? 

Doença, problema financeiro, contas para pagar, traição, ingratidão, angustia, muito trabalho, desafios que me fazem seguir em frente, descobrindo forças e qualidades que eu nem sabia que tinha, para onde eu olho vejo oportunidades de amar, de confira, de me doar, a vida me desafia cada dia a ser melhor. 

No fim meus irmãos a decisão é nossa. Em meio à tempestade das provações podemos esmorecer e afundar ou nos desafiar a continuar lutando. 

Quem disser que nunca, pensou em desistir, ou é muito mais santo que a maioria ou esta mentindo. Todo o guerreiro já se sentiu tentado a desistir, da batalha, de um empreendimento de um causa, por não ver resultados, por ter caído, por ter falho, por ter sido traído, abandonado, por ter sofrido uma decepção. 

Nesse momento dramático precisamos tomar uma decisão, perder ou vencer. 

O perdedor é aquele que não crê, que desiste, que não enfrenta, que recusa a ouvir conselhos, o que persiste por orgulho, o teimoso, aquele que entrega os pontos. Aquele que confia somente em si, não partilha, não colabora. O perdedor é aquele que pensa ser forte, dono de si, que pensa que a solução depende dele. Coitado. 

O vencedor é aquele que se levanta de novo, que não desiste, insiste. É aquele que põe sua confiança no céu, é o que junta e não espalha, é o que agrega e não o que divide; é o que consegue ver na semente a planta e a fruta; que não é imediatista, que sabe que um dia se planta a arvore para só muito tempo depois poder sentar na sombra. 

Esse é aquele que a luz sempre o acompanha. Esse, por mais que pareça fraco, é o forte! “(…) Quem crê em mim crê não somente em mim, mas também naquele que me enviou. Quem me vê, vê também aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz para que quem crê em mim não fique na escuridão”. 

Ser cristão significa ouvir as palavras de Jesus, reconhecer o caráter divino que está presente nela, sentir-se desafiado pela Palavra a mudar de vida, para não mais viver na escuridão do pecado, que leva a morte, mas sim na luz da verdade, que nos leva a vida e à paz. 

A questão não é se acredito em Deus ou não, mas se vivo radicalmente o Evangelho. 

De fato as pessoas não renegam a Jesus, mas não estão depostos a viver a fé em comunhão com a Igreja, escolhe as partes da doutrina que lhe convém e rejeitam o que lhes desagrada. 

Meus irmãos, assim como quem enxergar só não vê a luz se por vontade própria fechar os olhos, mas mesmo assim a luz aos poucos surge e a total escuridão passa, ficando a penumbra, só vive longe da graça de Deus aquele que por orgulho mente pra si próprio ou desistiu. 

É gratificante olhar nos olhos dos que escolheram a LUZ e poder ver Deus neles. 

Portanto, não desista de ver a luz!

Pe. Eduardo Delazeri

PRIMEIRA COMUNHÃO

Neste dia da nossa primeira comunhão, não são necessárias muitas palavras, o ardor de nossos corações, a beleza desses rostinhos e a alegria deste encontro “tão especial” com Jesus, falam por si! Eu mesmo - para ser sincero - não me lembro de nenhuma palavra que o padre tenha dito, do dia da minha primeira comunhão. 

Lembro-me dos preparativos, dos ensaios, dos gestos, da roupa que usei, e do meu coração batendo acelerado! 

Mas, no centro das minhas belas e felizes recordações, encontra-se o pensamento de ter percebido que Jesus tinha entrado no meu coração, tinha-me visitado, precisamente a mim! E, com Jesus, o próprio Deus estava comigo! E de alguma forma eu sabia que isso valia mais do que tudo o que a vida poderia me dar! 

Lembro-me de ter ficado tomado de euforia, radiante, porque Jesus veio a mim. Eu recebia Jesus e Jesus recebia a Mim. 

Mal sabia eu que começava uma nova etapa da minha vida, - tinha apenas nove anos - e, a partir daí, não me lembro de ter ficado nem um domingo sem ir a este encontro, com Jesus na Comunhão. Na verdade tenho 40 anos e acredito que nunca, nunca, nunca aconteceu de eu ter ficado um domingo sem missa. Mérito exclusivo do amor dos meus Pais. 

Hoje olhando para traz posso dizer também que nunca me senti desamparado pro Deus, pelo contrário, sinto constantemente a sua presença amorosa em minha vida, sempre antecipando seu amor as minhas necessidades. 

E assim, essa alegria da Primeira Comunhão foi o princípio de um caminho percorrido de mãos dadas com Jesus. Espero que, para todos vocês, a Primeira Comunhão, seja também o princípio de uma amizade para toda a vida, com Jesus; o início de um caminhar juntos, porque, ao lado de Jesus, segue-se o bom caminho e a vida torna-se bela. 

Como já disse este dia nos marcarão mais os gestos do que as palavras! Aos discípulos de Jesus também gravaram mais os gestos que as palavras de Nosso Senhor. Gestos que eles descreveram e repetiram depois por toda a vida: Ele tomou o pão, pronunciou a bênção e deu graças, partiu o pão e deu-o aos discípulos, depois tomou o cálice com o vinho em suas mãos, agradece de olhos erguidos para o céu, e da aos seus discípulos. 

Estes gestos de Jesus, ao tomar o pão e o vinho, ao bendizer, ao partir e ao dar-Se, renovam-se em cada Missa. Na Eucaristia, sob a aparência de um pequeno pedaço de pão, é Ele mesmo que se dá e quer entrar no nosso coração. 

Queridos pais: Não queria sugerir às crianças o impossível! Peço que acompanhem seus filhos à Igreja, para participarem na Missa Dominical! Verão que isto não é tempo perdido; ao contrário, é o que mantém a família unida. Se Jesus está ausente da nossa vida, falta-nos um guia, falta-nos uma amizade essencial, falta-nos também a alegria, que é importante para a vida. Mas, se juntos, repito juntos participarem na Missa Dominical, o Domingo torna-se mais bonito, toda a semana se torna diferente! A Eucaristia é uma força de paz e de alegria. A vida em família torna-se mais cordial e adquire um alívio mais amplo, se Deus estiver presente! 

Queridos jovens catequizando, sei que, às vezes vossos pais estrão cansados com trabalho ou ocupados com tantas coisas que os impediram de acompanhá-los na Missa! Podereis, sempre, com o respeito e amor de um filho ou de uma filha, dizer aos vossos pais: Querida mamãe, querido papai, era importante para todos nós, mas para ti também, que nos encontrássemos com Jesus. Isso nos enriquecerá isso dará nova força à nossa vida cansada. Juntos, até poderemos conseguir um pouco de tempo, para encontrar esse encontro com Jesus. Talvez lá, onde mora a vovó, ou onde passamos o fim-de-semana, se possa encontrar uma missa para a nossa família. 

Numa palavra, eu diria, com um grande amor e respeito pelos pais: “Compreendam que isto não é só importante para mim padre, - não são só os catequistas que o dizem - isto é importante para todos. Vão a missa e a luz do Senhor brilhará para toda sua família”. 

Vamos pedir ao Senhor que a “marca” deste dia, desperte em todos o desejo profundo de viver na companhia de Jesus por toda a vida.

UM NOVO JEITO DE CAMINHAR

Irmãos e amigos da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, viva Cristo em nossos corações!


Quando soube que viria para a paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, fiquei feliz e apreensivo. Feliz por depois de 20 anos voltar para minha terra, voltar para junto das pessoas que me viram crescer, apreensivo, pois como diz a Sagrada Escritura: “Nenhum profeta é bem recebido em sua própria terra”. Lc 4-24. 

No dia da posse, 07 de fevereiro, trouxe no meu coração o de desejo: colocar-me a serviço com simplicidade, e na alegria, estar próximo das pessoas. Vim para ajudar e ser ajudado na busca de um lugarzinho no céu. Vim como sacerdote, para celebrar o sacrifício de Cristo e para proclamar a Sua Palavra. Vim movido por um grande amor a Cristo e à Sua Igreja.

O que não imaginava é que, em pela época, de férias seria acolhido com tão grande amor. Todos os detalhes haviam sido cuidados com carinho, da Celebração da Missa à confraternização, sem falar do cuidado e a atenção com os amigos que me acompanhavam. Esse clima de amizade e respeito deixou o meu coração cheio de esperança e muito mais confiante no Bom Deus, que com sua Graça nos ajudará a superar todas as dificuldades que possam surgir, indicando-nos os caminhos a seguir. 

Entendo que a minha missão seja: ajudar a encontrar o caminho da verdadeira felicidade, mesmo quando os sofrimentos não possam ser superados, transmitindo a fé, a esperança, e a confiança na ação de Deus, que é pai de todos e que ama a cada um com um amor eterno. 

Trago comigo a luta contra a dependência química causa que me dedico faz 14 anos. Sou Presidente de uma obra de caridade que mantem uma casa de acolhida em Canoas, uma Comunidade terapêutica em Gravataí, e uma casa para Moradores de Rua em Viamão, além de ser o Referencial Arquidiocesano da Pastoral da Sobriedade, acompanhando diversos Grupos na Região Metropolitana de Porto Alegre. 

Peço que me ajudem a ser pai, irmão e amigo de todos: anciãos, adultos, jovens e crianças. Ajudem-me a ser proclamador do Evangelho, sempre e em todos os lugares. Juntos como irmãos, vamos trabalhar para que o Bom Deus seja mais amado. 

Vejo um povo é bom e receptivo, creiam que tenho um coração para amar a cada um, e uma confiança inabalável na ajuda da Providência Divina. 

Espero realmente ser uma presença boa, amiga e fraterna, uma presença de pai! 

Rezemos uns pelos Outros.

Pe. Eduardo Delazeri